Cora do Rio Vermelho: monólogo em homenagem a Cora Coralina

 Cora do Rio Vermelho: monólogo em homenagem a Cora Coralina

Divulgação

Após sucesso de público e crítica em todo o país, o monólogo “Cora do Rio Vermelho”, com a atriz Raquel Penner, estreou em Cuiabá, nesta quinta-feira (29), e deve seguir com o espetáculo nesta sexta-feira (30), também último dia da temporada na cidade.

Como parte das comemorações dos 135 anos de nascimento da escritora Cora Coralina, a peça, que celebra a força feminina e a alma da mulher brasileira, estará em cartaz em 11 cidades das regiões centro-oeste e norte, com patrocínio oficial da Petrobras e incentivo fiscal da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Governo Federal.

Com dramaturgia de Leonardo Simões e direção de Isaac Bernat, o espetáculo propõe uma viagem pela vida e obra de Cora Coralina, entrelaçando poesia, contos e momentos da vida da escritora goiana. A montagem cria uma atmosfera intimista e divertida, convidando o público a mergulhar no universo de Cora através da atuação cativante de Raquel Penner.

Há mais de dois anos em cartaz, a peça nasceu da vontade da atriz Raquel Penner montar o seu primeiro monólogo. Para ter ideias, ela começou a anotar frases, desejos e pensamentos soltos que, frequentemente, falavam sobre o universo da mulher brasileira. Ao reler a obra de Cora Coralina, percebeu que a poesia e os contos da escritora e doceira goiana iam justamente ao encontro à sua inquietação artística.

Além do espetáculo, o projeto contará com a Oficina “Frutos da Terra”, ministrada pelo diretor Isaac Bernat, , a partir da sua pesquisa sobre o griot africano Sotigui Kouyaté, que vai desenvolver – através de exercícios de sensibilização – o papel que o ato de contar histórias individualmente e em grupo pode ter no reconhecimento da identidade do ator e/ou do indivíduo como parte da sociedade. O trabalho parte da pesquisa sobre os griots, que são os mestres da palavra e a memória do continente africano.

Pseudônimo de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, Cora Coralina (1889 – 1985) é considerada uma das mais importantes escritoras brasileiras. Nascida na cidade de Goiás, ela viveu mais de quatro décadas em São Paulo. Apesar de escrever seus versos desde a adolescência, ganhava a vida como doceira, e seu primeiro livro só foi publicado em junho de 1965, quando tinha quase 76 anos de idade. Escreveu sobre os lugares onde viveu, as pessoas com as quais se relacionou e a natureza que observava.

Com ingressos a preços populares, todas as apresentações terão intérprete de Libras, notas introdutórias com informações para ampliar a acessibilidade das pessoas com deficiência visual, espaço de regulação e serão seguidas de um bate-papo entre a equipe e os espectadores.

Outras informações pelo instagram da peça AQUI.